A obra de pavimentação da Rodovia Aggeu Medeiros volta a ter gradativamente um volume de trabalho interessante e promete muito mais velocidade para os próximos dias.
Ainda são entraves: a finalização da licitação para rede elétrica – com sua ordem de serviço prevista para este mês ainda; e a sinalização do Estado de Santa Catarina com repasses financeiros na ordem de 40 milhões para o exercício 2024.
Foram superadas algumas pendências referentes à rede elétrica e a licenças ambientais e o momento técnico está bem favorável, apesar de o tempo chuvoso ter sido fator dificultador no último semestre.
Na última sexta-feira (15), por exemplo, havia no trecho 12 caminhões, duas motoniveladora, dois tratores esteiras, cinco rolos compactadores, três escavadeiras, um caminhão pipa, e, somados os envolvidos, aproximadamente 50 pessoas trabalhando, diretamente na execução – todos da Confer.
O número oscila de acordo com a necessidade e o tipo de trabalho que está sendo feito no dia. Por exemplo, nos dias em que se está transportando materiais de terraplanagem da jazida podem ser vistas até 15 basculantes, inclua-se carretas. A quantidade das outras máquinas também oscila de acordo com o tipo de trabalho. A Confer também executa a supressão da vegetação no trecho e a equipe pode ser encontrada no local.
Além da Confer, a obra tem outras três equipes de suporte à fiscalização, da Iguatemi (equipe de topografia, de laboratório e de controle de indicadores da evolução).
Neste ritmo, é provável que na primeira semana de abril seja iniciada a pavimentação asfáltica em trechos que já estão prontos para tal, no trecho tubaronense da rodovia.
A rodovia Aggeu Medeiros tem uma extensão de aproximadamente 24 quilômetros, sendo 11 deles pertencente a Tubarão e 13 a Laguna. Embora chamada apenas de “Aggeu Medeiros”, o trecho lagunense compreende a estrada Leopoldo A. Barbosa e a estrada geral Campos Verdes.
Os dados e a evolução da obra
A Aggeu Medeiros é a maior obra na região dentre as já executadas ou em andamento, através de convênios entre governo do estado e o Consórcio Intermunicipal Multifinalitário (CIM/Amurel).
Estão sendo executados serviços de pavimentação, drenagem e supressão de vegetação. A obra, como é público, contempla a continuidade do projeto de integração entre Laguna, região do Farol de Santa Marta (Laguna), Tubarão e BR-101.
Levando em conta a complexidade da obra, os projetos da Rodovia Aggeu Medeiros receberam adequações necessárias a partir de fundamentação técnica dos engenheiros envolvidos.
Dentre as mudanças destacam-se elevação do greide da pista, especialmente nos trechos da Aggeu Medeiros e Leopoldo A. Barbosa.
A segunda mudança significativa foi a substituição total da rede elétrica (troca da antiga rede e postes por uma nova), a fim de atender novas normativas da Aneel e Celesc.
Esta licitação para a rede elétrica encontra-se em andamento e a conclusão do processo e o efetivo início dos trabalhos estão sendo aguardados com expectativa pelo Consórcio, haja vista que a presença da rede elétrica velha em boa parte do leito da pista, agora alargado, atrapalha a evolução dos trabalhos.
As dificuldades
A obra da Aggeu Medeiros registrou atrasos no recebimento de parcelas devido à transição de governo, entre 2022 e 2023. Os trabalhos, que já andavam em ritmo lento, foram paralisados pela Confer em maio de 2023.
Depois de muitas reuniões de negociação política entre representantes do CIM, governo do estado e bancada política da região, a primeira parcela em atraso, de 8 milhões, foi depositada em meados de julho de 2023. Os trabalhos recomeçaram. Outras duas parcelas, cada uma de R$ 3,5 milhões, em setembro e em novembro daquele ano foram acertadas.
Enquanto a obra estava parada, a segunda das duas enchentes de grande proporções provocou grandes avarias em parte do leito da estrada. Daí, o alerta e a decisão de mudar o projeto original, elevando o greide da rodovia, e a inclusão de diques em trechos críticos, evitando assim a entrada de água do rio Tubarão nos terrenos que margeiam a rodovia.
A desapropriação de um terreno próximo à cabeceira da ponte Tubarão/Capivari de Baixo e o atraso nas licenças ambientais para a supressão da vegetação também travaram o ritmo da obra.
Prazos
Pela Lei 8666/93, o prazo máximo para a execução do convênio é 5 anos. No entanto, os contratos com a Confer e com a Iguatemi possuem cláusula determinando 36 meses (3 anos) para execução (podem ser prorrogáveis até o limite do convênio). Portanto, o prazo máximo de conclusão da obra, se considerarmos o limite do lei é de 26/08/2026.
Medidas
A Aggeu Medeiros terá 1,50 de acostamento (de um lado apenas), mais 7 metros de pista de rolamento, mais 2,50 m de ciclovia, totalizando 11 metros.
O revestimento asfáltico da pista de rolamento terá 5 cm; o revestimento asfáltico do acostamento e ciclovia terá 3 cm.
A espessura da sub-base de macadame seco será de 20 cm. A base, de brita graduada, de 15 cm
Arquivos